Jahan decide quebrar o silêncio e fala: Deadmau5 me salvou de ir para o pornô

Jahan recentemente deu uma entrevista à revista de musica Billboard, quebrando o silêncio e rebatendo algumas críticas. Nós do Krewella Brazil traduzimos a entrevista e você pode conferir abaixo:

Olá. Meu nome é Jahan Yousaf. Eu sou uma cantora, compositora e atualmente DJ do grupo mais odiado na cena da música eletrônica: Krewella.

Quando eu e irmã Yasmine fomos processadas pelo nosso ex-colega de banda, Kris Trindl, por supostamente ter "forçado" ele a sair do grupo por ficar "sóbrio", alguns de vocês nos disseram para seguir carreira na pornografia já que tínhamos falhado no Krewella. Apesar do meu pênis ser um pouco tímido em frente as câmeras, eu estava a ponto de considerar. Mas então astro DJ deadmau5 parecia ter interesse em nós, e agora eu acho que uma carreira na música vai dar certo. Obrigado, deadmau5, por me salvar de fazer um pornô.

"@Krewella Isso não entrega. Tudo campanha publicitária. Sem Drop"

(Sobre Say Goodbye)

"Se você esta indo fazer um grupo/ tio etc... não demita o cara que faz a merda"

E aqui estão alguns posts seguintes dos tweets de deadmau5:

"Sou o único que acha que elas devem seguir uma carreira pornô e encerrar o dia"

"Foda-se as irmãs, vocês expulsaram o telento, agora vocês são duas Paris Hiltons sem video porno (ainda) Vadias"

Isso não é apenas sobre deadmau5 ou pornografia. É sobre sexo, mídia e humanidade. Depois de 10 meses após ter sido removida da mídia social, este processo "Altamente divulgado" atraiu-me para fora da minha caverna. o que significa que foi vergonhosamente o trending topic No. 1 (Assuntos mais comentados) no Facebook, divulgados pelo TMZ, e recebeu uma cobertura de quase todos os blogs de música Eletrônica. Eu não participei ou respondi a nenhuma tagarelice sobre o rompimento do Krewella. Eu só observava fora de mim mesma, via os comentários, e jogava o voyeur (uma pessoa que tem o prazer sexual de assistir os outros quando eles estão nus ou relação sexual) como Peeping Tom. Alguém por favor, pode criar um algoritmo para quantas vezes as palavras "prostituta" e "krewella" são usadas na mesma frase on-line?? Estas são apenas algumas das centenas coletadas:

"Hahaha... essa conta é um lixo. Rainman é Krewella. As irmãs Yousaf são apenas prostitutas para chamar atenção das pessoas"

"Essas duas vadias do Krewella são escória da terra. A indústria músical está cheio de falsificações e elas são as crianças do poster para ele"

Alguns de vocês provavelmente estão rindo esses comentários, como eu fiz no início. Mas que inferno, eu não posso mesmo fingir um sorriso no momento. Isso me deixa doente, porque a forma como vamos participar no diálogo Internet espelha a nossa atitude como uma sociedade. E o que eu vejo em que a reflexão é uma imensa quantidade de ódio e intolerância para um com o outro. É hora de quebrar essa porra de espelho. Tenho estado em silêncio por muito tempo. Estou recaindo depois de evitar a mídia social para compartilhar o que eu aprendi e incentivar as pessoas a desafiar e questionar o que lêem / ouvem / ver e a partir de agora, e isso vale para situações além do nosso caso, seja política ou fofocas de celebridades. A parte triste é que é 2014, e as pessoas ainda estão lendo passivamente manchetes por valor da cara, repetindo as palavras de celebridades, e entrando na onda da opinião popular. Não vejo pessoas suficientes questionando a intolerância que deadmau5 prega a seus 3 milhões de seguidores, pesquisando além das manchetes que lêem, ou protestar contra o diálogo depreciativo que circula nas redes sociais.

Sou grata a todos mostraram as suas preocupações para nós a respeito dos comentários repulsivos, mas eu não estou pedindo simpatia. Estou pedindo para que todos possam pensar sobre o impacto que este ambiente online tem sobre a nossa juventude querendo sucesso, respeito e aceitação. Não é isso que todos nós queremos? Estou pedindo para que todos possam pensar sobre as meninas que estão a ver este reação do público que pode agora ser desencorajadas a perseguir um lugar autêntico em uma indústria dominada por homens. Eu estou pedindo que você pensa sobre os meninos que internalizam as mensagens que a vulnerabilidade, sensibilidade e levantar-se para a igualdade de gênero significam que eles são uns “Bundão”. Isto é para meninos e meninas, pais e filhos, heteros e gays, porque a rejeição social afeta a todos nós. E se você acha que eu estou trazendo à tona problemas sociais do passado ou soprando esta fora de proporção, então você está vivendo em um mundo de fantasia onde o sexismo, discriminação e homofobia não existem. Eu peço que você pisar fora de sua pequena bolha - ou fazer sua pesquisa - e entender que uma parcela enorme da depressão, autodestruição e cognitivas distúrbios comportamentais da nossa juventude são um resultado da rejeição da sociedade e envergonhar que ocorre na internet.

Ambos os sexos sofrem desigualdades e nem é mais importante para mim do que para os outros, mas o que eu sou o mais bem informada sobre a minha experiência em primeira mão de como eu estou falou sobre como uma mulher na mídia. Eu acho que vale a pena mencionar que Kris foi muitas vezes ofuscados devido à presença de duas mulheres. Apesar dos nossos esforços para lhe dar mais holofotes, Kris saiu. Não podíamos continuar forçando a sua presença em Krewella, como sua decisão de dissociar-se do grupo e da dependência de auto-admitidos tornou-se fora de nosso controle, e acredito que isso aconteceu porque ele inconscientemente internalizado essa falta de atenção dos fãs. No entanto, não precisava ter agravado apoio para Kris após o processo ser arquivado. A parte preocupante é que o crescimento em louvor e atenção que o Kris sempre quis para ele, veio com a demonização de Yasmine e Eu. A Ação judicial Kris' reuniu milhares de fãs para mostrar uma imensa quantidade de apoio para ele, compartilhando sua desconfiança das mulheres e dos pressupostos depreciativos flagrantes sobre mulheres (ou seja: "as meninas não fazem nada, exceto usar o sexo para vender o grupo”... "é por isso que você nunca deve entrar no negócio com uma mulher”... "eles são apenas fantoches para o gênio que fez todo o trabalho"). Nos mandamos queimar no inferno e chupar o pau do Kris. É uma vergonha que Kris foi orientado por sua advogada mulher - Dina LaPolt foi citado dizendo que nos "não sabem nem o que era um meio C no teclado ... as únicas notas que sabem que são notas de banco" - para escolher e falsificar as reivindicações que despojada completamente eu e Yasmine do nosso trabalho duro e contribuição musical para o grupo. Em resposta a piada do LaPolt, aqui está um FOTO EXCLUSIVA de Yasmine finalmente descobrindo onde é o Middle C:

(Middle C: Nota DÓ no centro do piano/teclado)

Mas, além de como isso me afetou pessoalmente, essas acusações realmente facilitou a disseminação de negatividade em relação às mulheres no setor e em todo o globo.

É quase como se ser a fêmea no grupo, é assumido que você é puramente lá como um fantoche e completamente destituído de qualquer habilidade musical, criatividade, ou a visão. Minha análise da reação do público é um alerta de que ainda há um estigma associado a ser uma mulher: que eu sou uma conjura e manipuladora que não trabalha tão duro ou não é tão talentosa como um homem e que eu usar o sexo para avançar na minha carreira. A pressão não para confirmar estereótipos pode afetar o desempenho das mulheres e sua capacidade para vencer. O medo de ser posto em dúvida, questionado e humilhado, e lutando pressupostos depreciativos sobre o caráter da pessoa, é uma contingência que pode muito bem ser a razão pela qual não vemos mais mulheres com cargos mais altos, poderosos no mercado de trabalho. E só porque há filmes e programas de TV com juízes do sexo feminino e isso não quer dizer que é um reflexo da realidade. Podemos ter evoluído como uma sociedade em termos de direitos de gênero e as leis e exibindo representações poderosas das mulheres nos meios de comunicação, em comparação há décadas atrás, mas isso não significa que as atitudes para a igualdade de gênero estão a ser praticado na vida cotidiana.

Desde minhas primeiras experiências em redes sociais, tenho testemunhado mulheres na mídia a ser condenada por ter feito sexo ou namoro as pessoas dentro de sua indústria. Eu internalizada nestas observações de mulheres sendo "vagabunda envergonhada" e sentiu uma nuvem ameaçadora de culpa sobre a minha cabeça por namorar Kris. Ele era meu namorado, melhor amigo e companheiro de banda 2006-2011. Nosso relacionamento passado era algo que eu sempre solicitado para manter em privado. Apesar da agonia mental que a ação me deu, é uma bênção disfarçada que ele revelou o fato de que nós namoramos em parte de seu processo de abertura, porque eu teria continuado a cobrir vergonhosamente o passado sobre a nossa relação como se eu não tivesse que enfrentar a verdade um dia. Agora, a única parte que eu sou culpada é permitir que outros controlem como eu me sentia sobre a minha sexualidade. Um relacionamento anterior não deve ser vergonhoso. O sexo não é vergonhoso. Quem se importa se é homossexual, heterossexual, monogâmico, com múltiplos parceiros. Se é consensual, é natural. Seja homem ou mulher, hetero ou gay, meu coração chora por qualquer um que se esconde nas sombras em vergonha por causa de sua sexualidade. Espero que a minha auto-realização pode ajudar os outros a se sentir mais liberado também.

A parte mais difícil de estar no centro de desastre na mídia é saber como ela molda indiretamente as esperanças e sonhos de meninos e meninas da nossa sociedade. Se os futuros líderes do nosso mundo está gastando mais de 30 horas por semana online, então vamos ter certeza que é um lugar que gera paz, amor, união e respeito um pelo outro (ou está todo mundo muito legal para a PLURAL agora?). É o sexismo, a homofobia e a discriminação um argumento obsoleto? Parece que porque temos feito progressos na implementação de leis de igualdade de gênero ao longo das décadas, as pessoas pensam que o nosso trabalho é longo e feito. Mas a depressão e o suicídio taxas estão subindo em uma trajetória perigosa, bem como a experiência de rejeição pessoas de sua comunidade é um fator de contribuição enorme. Eu chamo isso de uma porra de crise. O primeiro passo para mudar essa estatística tem lugar certo na ponta dos dedos, com as palavras que digita.

É a mensagem em sua caixa de texto alinhado com a suas futuras aspirações na vida, como ser um pai, mãe, advogado, político, ator, músico, ativista ou o que quer que seu sonho é? Por favor, questionar seus motivos e os efeitos de qualquer coisa que você postar. Os impulsos são implacáveis, e suas palavras são poderosas. Somos abençoados para ser concedida a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Dito isto, vamos continuar a ver influentes na internet que abusam dessa liberdade e participar em atos de bullying, snark malicioso e disseminação de rumores. Está em suas mãos para decidir que tipo de comportamento de absorver, rejeitar ou protestar contra. Eu quero ver mais pessoas usando a sua liberdade de porra discurso para dizer algo realmente provocativo e poderoso. Vamos canalizar nossa raiva em um movimento para fazer uma mudança positiva e pôr fim ao bullying online. Este é o meu grito de guerra. A única razão que fizemos progressos em direitos civis, aceitação e abertura de espírito é porque as pessoas estavam de boca fechada. Eu não posso suportar sentada no meu teclado em silêncio, sabendo que cada pessoa no planeta pode ser uma parte de uma mudança positiva. Este é um esforço coletivo, e isso começa com VOCÊ

Fonte original da intrevista: http://edit.billboard.com/articles/columns/code/6386045/krewella-jahan-yousaf-deadmau5-kris-trindl-op-ed

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